segunda-feira, setembro 05, 2005

Solidão

"A solidão é escura,
Negra e sombria,
Uma verdade bem dura,
Uma verdade bem fria.

A solidão também mata,
Fere, pisa e destrói,
Uma ferida que maltrata,
Uma ferida que dói.

É um pensamento que assusta,
É um medo que vive,
Uma doença que barafusta,
Uma doença que tive...

Tive, tenho e terei...
Pois nunca cura haverá,
Dela me escondo e esconderei,
Mas sempre (ela) me encontrará.

Quero continuar a viver,
A minha vida não é tão má,
Mas ela faz-me morrer,
É uma pedra que em mim há.

A solidão é essa pedra,
E bem dura, por sinal,
Eu bem a tento destruir,
Mas fica sempre igual.

É semelhante a um fracasso,
Essa solidão relutante,
Tudo o que fiz e agora faço,
É no fim, fracassante...

Tanta tristeza me afunda,
No meu pranto de lágrimas mortas,
Deixa em mim essa mágua profunda,
De ter fechado todas as portas..."




Nunca se sentiram sós mesmo estando num sitio cheio de pessoas? Por vezes acordamos a sentirmo-nos no meio da solidão... Mas não há cá deixar-se vencer... Que tal lutarmos contra ela?! A solidão não é um bicho papão!


Poema de: António Luís Mendonça da Silva Pereira
Foto: TaTa
Efeito: Photoshop/Ulead/Paint Shop Pro

1 comentário:

Anónimo disse...

Oi,
achei magnífico ver um dos meus poemas neste blog.

Muito obrigado. :)

António Pereira